quarta-feira, 29 de maio de 2013

Semana do Meio Ambiente






Espaço Ciência e parceiros movimentam Semana do Meio Ambiente com ações gratuitas

 28 de maio de 2013
 
(Notícia publicada pelo setor de comunicação da UFRPE) 


 
De 03 a 07 de junho, acontecerá a Semana do Meio Ambiente no Espaço Ciência com uma programação que abordará o tema mundial “Pense, coma e economize”, além de outros assuntos relacionados ao meio ambiente. Para participar, os interessados devem agendar visita previamente pelo número (81) 3241-3226.



AÇÕES No Dia Mundial do Meio Ambiente(05/06), a partir das 10h, todos os visitantes serão convidados a dar um “abraço” no Manguezal Chico Science, uma ação que pretende conscientizar a população sobre a importância desse ecossistema como berçário natural. Também durante o evento, os monitores do Espaço Ciência estarão coletando assinaturas para o abaixo-assinado, destinado à Prefeitura do Recife, com o objetivo de limpar o Canal Derby-Tacaruna, veículo direto de poluição para o Manguezal Chico Science.
Toda a programação é gratuita e conta com a participação das instituições: CPRH, Secretaria de Meio Ambiente do Recife, FUNESO, ASA, UFRPE, UFPE, REBAL Agenda 21, Ecoassociados, Fafire, EREM Soares Dutra, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros.




Programação Semana do Meio Ambiente | 03 a 07 de junho no Espaço Ciência:

As folhas na matemática: Através de uma atividade interdisciplinar envolvendo matemática e educação ambiental, analisaremos a simetria das folhas.

Do cultivo à mesa: Já pensou em analisar o nascimento de um alimento? Venha conhecer seu ciclo de produção e desenvolvimento.

Gincambiente: Brinque e aprenda sobre como os impactos causados pela poluição são produzidos nas grandes cidades.

Brincamangue: 1,2,3 tipos de mangue. Já conhece? Venha aprender com esta atividade.

Casa Laboratório: Vamos virar cientistas? Conheça a importância e benefícios das plantas produzidas domesticamente, técnicas de melhoramento do solo para o plantio, técnica de horta vertical e aproveitamento de resíduo sólido.

Compostagem: Use seu lixo corretamente! Destinação adequada de resíduos orgânicos utilizando o sistema de compostagem.

Jogo da adaptação: Através de um jogo dinâmico, descubra como o ambiente pode influenciar na sobrevivência das espécies em determinados ambientes e perceba que a menor modificação neles pode causar severas consequências.

Lixo eletrônico: Saiba como é feita a utilização de resíduos eletrônicos para a criação de experimentos e materiais de exposição científica.

Casa Ecológica: Como melhorar a sua casa? Torná-la confortável economizando? Usando princípios matemáticos e físicos, venha aprender como fazer.

Peça teatral “Zorra na Floresta”: Aprenda com insetos e aracnídeos quais as causas do desmatamento e o que o homem pode fazer para sanar este problema.

Diagnóstico ambiental: Prática de análise de meio ambiente, coleta de dados e dinâmica de grupo em área de manguezal.



PARCEIROS

Fafire (Pilhas, baterias e meio ambiente): O
percurso dos metais pesados no meio ambiente, que por via direta ou indireta, influenciam no solo de modo impactante.

Ecoassociados: Participe de um jogo de perguntas e respostas sobre tartarugas marinhas.

Secretaria de Meio Ambiente do Recife (Água de comer): Dinâmica com abordagem sobre o ciclo da água, contaminação da água por efluentes líquidos, concentração de água em alimentos, e hidratação através de alimentos sólidos.

Funeso: Saiba a destinação adequada para materiais que são jogados no lixo.

EREM Soares Dutra (Projeto Horta Hidropônica): Através de uma atividade interativa, descubra as vantagens que o cultivo de hidroponia oferece.

ASA: Produção de sabão à base de óleo de cozinha usado.

CPRH: Através de jogos ambientais, vamos aprender informações de como cuidar do nosso ambiente e preservá-lo.

REBAL Agenda 21: Mantenha-se atualizado sobre todos os temas relacionados a meio ambiente e sustentabilidade.

LOP (Laboratório de Oceanografia Pesqueira/UFPE): Saiba sobre a influência dos desmatamentos dos manguezais e esclarecer todas as suas dúvidas conhecendo um pouco mais sobre os tubarões.


 
 
 
 
Participe!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Lições de CAPRA

 
Palavras iniciais...
 
 Um dos maiores temas em discussão na sociedade, hoje, é a questão da sustentabilidade, ainda que este conceito possa assumir vários matizes, a depender dos diferentes segmentos que o abordem.
 
O que parece estar em jogo, em linhas gerais, é o estabelecimento de certos consensos sobre a gestão dos recursos naturais de modo consciente, considerando-se as necessidades desta e das próximas gerações.
 
Pensando nisso, decidimos trazer para este espaço, algumas das contribuições de Fritjof Capra.
 
 
 

 
 De acordo com Capra (Capra, 2006):
 

"Em primeiro lugar, todo organismo vivo, da mais minúscula bactéria a todas as variedades de plantas e animais, incluindo os seres humanos, é um sistema vivo.”
 

  
 

“Em segundo, as partes dos sistemas vivos, são elas próprias, sistemas vivos. Uma folha é um sistema vivo. Um músculo é um sistema vivo. Cada célula do nosso corpo é um sistema vivo.”








“E, em terceiro, as comunidades de organismos, que incluem tanto os ecossistemas e os sistemas sociais humanos como a família, a escola e outras comunidades humanas, são sistemas vivos.”







“(...) a maioria dos biólogos afirma que a essência da vida está nas macromoléculas – DNA, as proteínas, enzimas e outras estruturas materiais das células vivas. A teoria dos sistemas vivos nos diz que o conhecimento dessas moléculas é, obviamente, muito importante, mas que a essência da vida não está nas moléculas. Ela está nos padrões e processos por meio dos quais essas moléculas interagem. Não se pode tirar uma fotografia da teia da vida porque ela não é material – é uma teia de relações.”





 






O ponto de vista sistêmico...

Fritjof Capra: nos ensina que “Essa forma de pensar “contextual” ou “sistêmica” envolve várias mudanças de ponto de vista.” São elas:


Das partes para o todo. Os sistemas vivos são totalidades integradas cujas propriedades não podem ser reduzidas às suas partes menores. As suas propriedades “sistêmicas” são propriedades do todo que nenhuma das partes tem.”
 


 

Dos objetos para as relações. Um ecossistema não é uma reunião de espécies, mas uma comunidade. As comunidades, sejam elas ecossistemas ou sistemas humanos, são caracterizadas por séries ou redes de relações. Na visão sistêmica, os objetos de estudo são redes de ralações embutidas em redes maiores.”

 



Na prática, as organizações formadas de acordo com esse princípio ecológico têm mais probabilidade do que as outras de estabelecer processos baseados no relacionamento, como a cooperação e a tomada de decisão por consenso.”


Do conhecimento objetivo para o conhecimento contextual. A mudança de foco das partes para o todo implica uma mudança do pensamento analítico para o pensamento contextual. As propriedades das partes não são intrínsecas, mas podem ser entendidas apenas dentro do contexto do todo.”




“(...) explicar as coisas em termos dos seus contextos significa explicá-las em termos dos ambientes que as circundam, todo pensamento sistêmico é um pensamento ambiental.”




Da quantidade para a qualidade. Entender as relações não é fácil, especialmente para quem foi educado de acordo com os princípios da ciência ocidental, que sempre sustentou que só as ciências mensuráveis e quantificáveis podem ser expressas em modelos científicos.”
 


 
“Muitas vezes deduziu-se disso, que os fenômenos mensuráveis e quantificáveis são mais importantes – e talvez até mesmo que o que não pode ser mensurado nem quantificado nem mesmo existe. Nem todas as relações e contextos, entretanto, podem ser colocados numa escala ou medidos com uma régua.”


"Da estrutura para o processo. Os sistemas se desenvolvem e evoluem. Assim, o desenvolvimento das estruturas vivas está inextricavelmente ligado à renovação, mudança e transformação.”
 


Dos conteúdos para os padrões. Quando traçamos mapas das relações, descobrimos certas configurações nas relações que se repetem. Nós chamamos essas configurações de “padrões”. Em vez de focar o que contém um sistema de vida, nós estudamos os seus padrões.”






“No Ocidente, durante a maior parte do tempo, o estudo da matéria predominou na ciência. Mas no final do século XX, o estudo da forma voltou a ganhar presença, com o surgimento do pensamento sistêmico.”


Diante desses conceitos de Kapra, nos deparamos com uma nova forma de pensar a ciência, o meio ambiente e, sobretudo, a questão da sustentabilidade.
 
Ver entrevista com Capra: http://www.youtube.com/watch?v=P6-yuMpk6B8