quarta-feira, 5 de junho de 2013

Iniciativa importante: o meio ambiente agradece!

 

IX Semana do Pau-Brasil da UFRPE movimenta campus e escolas até 14/06

05 de junho de 2013

(Notícia publicada pelo setor de comunicação da UFRPE) 
 
 
A equipe da Pró-Reitoria de Atividades de Extensão realiza, até o dia 14 de junho, a IX Semana do Pau-Brasil da UFRPE, que acontece em apoio às comemorações das Semanas do Meio Ambiente de escolas, instituições e empresas, em atenção ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5/06).
A Semana do Pau Brasil da UFRPE tornou-se itinerante e sua estrutura vem sendo requisitada por escolas públicas e particulares, algumas empresas e outras instituições da sociedade civil para cooperar com atividades de educação ambiental e preservação do meio ambiente. Ao mesmo tempo, a UFRPE recebe visitas de professores e alunos das escolas, que participam de palestras, oficinas, exposições culturais, visitas ao Bosque de Pau-Brasil e sementeira da Pró-Reitoria de Extensão.
No dia 13 de junho, dentro do referido evento será realizada uma Conferência Livre do Meio Ambiente sobre a reciclagem de materiais sustentáveis na UFRPE, das 14h às 17h, no Auditório da Pró-Reitoria de Extensão, e se espera a participação de toda a comunidade acadêmica com interesse na área.
As Escolas que tiverem interesse em participar das atividades da Semana do Pau-Brasil da UFRPE ou levar algumas ações para suas Semanas do Meio Ambiente podem agendar sua visita através do Fone: 3320.6063 e/ou email: m.fatimanavarro@yahoo.com.br


Participe!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Semana do Meio Ambiente






Espaço Ciência e parceiros movimentam Semana do Meio Ambiente com ações gratuitas

 28 de maio de 2013
 
(Notícia publicada pelo setor de comunicação da UFRPE) 


 
De 03 a 07 de junho, acontecerá a Semana do Meio Ambiente no Espaço Ciência com uma programação que abordará o tema mundial “Pense, coma e economize”, além de outros assuntos relacionados ao meio ambiente. Para participar, os interessados devem agendar visita previamente pelo número (81) 3241-3226.



AÇÕES No Dia Mundial do Meio Ambiente(05/06), a partir das 10h, todos os visitantes serão convidados a dar um “abraço” no Manguezal Chico Science, uma ação que pretende conscientizar a população sobre a importância desse ecossistema como berçário natural. Também durante o evento, os monitores do Espaço Ciência estarão coletando assinaturas para o abaixo-assinado, destinado à Prefeitura do Recife, com o objetivo de limpar o Canal Derby-Tacaruna, veículo direto de poluição para o Manguezal Chico Science.
Toda a programação é gratuita e conta com a participação das instituições: CPRH, Secretaria de Meio Ambiente do Recife, FUNESO, ASA, UFRPE, UFPE, REBAL Agenda 21, Ecoassociados, Fafire, EREM Soares Dutra, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros.




Programação Semana do Meio Ambiente | 03 a 07 de junho no Espaço Ciência:

As folhas na matemática: Através de uma atividade interdisciplinar envolvendo matemática e educação ambiental, analisaremos a simetria das folhas.

Do cultivo à mesa: Já pensou em analisar o nascimento de um alimento? Venha conhecer seu ciclo de produção e desenvolvimento.

Gincambiente: Brinque e aprenda sobre como os impactos causados pela poluição são produzidos nas grandes cidades.

Brincamangue: 1,2,3 tipos de mangue. Já conhece? Venha aprender com esta atividade.

Casa Laboratório: Vamos virar cientistas? Conheça a importância e benefícios das plantas produzidas domesticamente, técnicas de melhoramento do solo para o plantio, técnica de horta vertical e aproveitamento de resíduo sólido.

Compostagem: Use seu lixo corretamente! Destinação adequada de resíduos orgânicos utilizando o sistema de compostagem.

Jogo da adaptação: Através de um jogo dinâmico, descubra como o ambiente pode influenciar na sobrevivência das espécies em determinados ambientes e perceba que a menor modificação neles pode causar severas consequências.

Lixo eletrônico: Saiba como é feita a utilização de resíduos eletrônicos para a criação de experimentos e materiais de exposição científica.

Casa Ecológica: Como melhorar a sua casa? Torná-la confortável economizando? Usando princípios matemáticos e físicos, venha aprender como fazer.

Peça teatral “Zorra na Floresta”: Aprenda com insetos e aracnídeos quais as causas do desmatamento e o que o homem pode fazer para sanar este problema.

Diagnóstico ambiental: Prática de análise de meio ambiente, coleta de dados e dinâmica de grupo em área de manguezal.



PARCEIROS

Fafire (Pilhas, baterias e meio ambiente): O
percurso dos metais pesados no meio ambiente, que por via direta ou indireta, influenciam no solo de modo impactante.

Ecoassociados: Participe de um jogo de perguntas e respostas sobre tartarugas marinhas.

Secretaria de Meio Ambiente do Recife (Água de comer): Dinâmica com abordagem sobre o ciclo da água, contaminação da água por efluentes líquidos, concentração de água em alimentos, e hidratação através de alimentos sólidos.

Funeso: Saiba a destinação adequada para materiais que são jogados no lixo.

EREM Soares Dutra (Projeto Horta Hidropônica): Através de uma atividade interativa, descubra as vantagens que o cultivo de hidroponia oferece.

ASA: Produção de sabão à base de óleo de cozinha usado.

CPRH: Através de jogos ambientais, vamos aprender informações de como cuidar do nosso ambiente e preservá-lo.

REBAL Agenda 21: Mantenha-se atualizado sobre todos os temas relacionados a meio ambiente e sustentabilidade.

LOP (Laboratório de Oceanografia Pesqueira/UFPE): Saiba sobre a influência dos desmatamentos dos manguezais e esclarecer todas as suas dúvidas conhecendo um pouco mais sobre os tubarões.


 
 
 
 
Participe!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Lições de CAPRA

 
Palavras iniciais...
 
 Um dos maiores temas em discussão na sociedade, hoje, é a questão da sustentabilidade, ainda que este conceito possa assumir vários matizes, a depender dos diferentes segmentos que o abordem.
 
O que parece estar em jogo, em linhas gerais, é o estabelecimento de certos consensos sobre a gestão dos recursos naturais de modo consciente, considerando-se as necessidades desta e das próximas gerações.
 
Pensando nisso, decidimos trazer para este espaço, algumas das contribuições de Fritjof Capra.
 
 
 

 
 De acordo com Capra (Capra, 2006):
 

"Em primeiro lugar, todo organismo vivo, da mais minúscula bactéria a todas as variedades de plantas e animais, incluindo os seres humanos, é um sistema vivo.”
 

  
 

“Em segundo, as partes dos sistemas vivos, são elas próprias, sistemas vivos. Uma folha é um sistema vivo. Um músculo é um sistema vivo. Cada célula do nosso corpo é um sistema vivo.”








“E, em terceiro, as comunidades de organismos, que incluem tanto os ecossistemas e os sistemas sociais humanos como a família, a escola e outras comunidades humanas, são sistemas vivos.”







“(...) a maioria dos biólogos afirma que a essência da vida está nas macromoléculas – DNA, as proteínas, enzimas e outras estruturas materiais das células vivas. A teoria dos sistemas vivos nos diz que o conhecimento dessas moléculas é, obviamente, muito importante, mas que a essência da vida não está nas moléculas. Ela está nos padrões e processos por meio dos quais essas moléculas interagem. Não se pode tirar uma fotografia da teia da vida porque ela não é material – é uma teia de relações.”





 






O ponto de vista sistêmico...

Fritjof Capra: nos ensina que “Essa forma de pensar “contextual” ou “sistêmica” envolve várias mudanças de ponto de vista.” São elas:


Das partes para o todo. Os sistemas vivos são totalidades integradas cujas propriedades não podem ser reduzidas às suas partes menores. As suas propriedades “sistêmicas” são propriedades do todo que nenhuma das partes tem.”
 


 

Dos objetos para as relações. Um ecossistema não é uma reunião de espécies, mas uma comunidade. As comunidades, sejam elas ecossistemas ou sistemas humanos, são caracterizadas por séries ou redes de relações. Na visão sistêmica, os objetos de estudo são redes de ralações embutidas em redes maiores.”

 



Na prática, as organizações formadas de acordo com esse princípio ecológico têm mais probabilidade do que as outras de estabelecer processos baseados no relacionamento, como a cooperação e a tomada de decisão por consenso.”


Do conhecimento objetivo para o conhecimento contextual. A mudança de foco das partes para o todo implica uma mudança do pensamento analítico para o pensamento contextual. As propriedades das partes não são intrínsecas, mas podem ser entendidas apenas dentro do contexto do todo.”




“(...) explicar as coisas em termos dos seus contextos significa explicá-las em termos dos ambientes que as circundam, todo pensamento sistêmico é um pensamento ambiental.”




Da quantidade para a qualidade. Entender as relações não é fácil, especialmente para quem foi educado de acordo com os princípios da ciência ocidental, que sempre sustentou que só as ciências mensuráveis e quantificáveis podem ser expressas em modelos científicos.”
 


 
“Muitas vezes deduziu-se disso, que os fenômenos mensuráveis e quantificáveis são mais importantes – e talvez até mesmo que o que não pode ser mensurado nem quantificado nem mesmo existe. Nem todas as relações e contextos, entretanto, podem ser colocados numa escala ou medidos com uma régua.”


"Da estrutura para o processo. Os sistemas se desenvolvem e evoluem. Assim, o desenvolvimento das estruturas vivas está inextricavelmente ligado à renovação, mudança e transformação.”
 


Dos conteúdos para os padrões. Quando traçamos mapas das relações, descobrimos certas configurações nas relações que se repetem. Nós chamamos essas configurações de “padrões”. Em vez de focar o que contém um sistema de vida, nós estudamos os seus padrões.”






“No Ocidente, durante a maior parte do tempo, o estudo da matéria predominou na ciência. Mas no final do século XX, o estudo da forma voltou a ganhar presença, com o surgimento do pensamento sistêmico.”


Diante desses conceitos de Kapra, nos deparamos com uma nova forma de pensar a ciência, o meio ambiente e, sobretudo, a questão da sustentabilidade.
 
Ver entrevista com Capra: http://www.youtube.com/watch?v=P6-yuMpk6B8

 

sábado, 14 de janeiro de 2012

PARA PENSAR E AGIR – O triunfo do lixo ?

A reportagem é de Manuel Alves Filho publicada pelo jornal da Unicamp, 31 de outubro a 6 de novembro de 2011. 

Se a humanidade vive a era do conhecimento, vive igualmente a era do lixo. Do ponto de vista quantitativo, a natureza movimenta, em seu ciclo normal, 50 bilhões de toneladas de materiais por ano. Os homens, por seu turno, movimentam 48 bilhões de toneladas no mesmo período, sendo que 30 bilhões são de resíduos. “Isso é muito mais do que o ambiente pode suportar”, sentencia o geógrafo e sociólogo Maurício Waldman, especialista no tema.
O lixo, conforme o pesquisador, tem sido um problema recorrente em todo o mundo, inclusive no Brasil. Não bastasse a humanidade estar crescendo e gerando cada vez mais resíduos, o quadro vem se agravando graças a inércia das autoridades públicas, que pouco têm feito para reciclar ou dar destinação adequada aos rejeitos. Ademais, a sociedade também não faz a sua parte ao aumentar exageradamente o consumo de bens e produtos e ao descartar sem cerimônia seus detritos em qualquer lugar. “O Estado não age e o cidadão não se movimenta. O resultado dessa combinação é dramático. Se continuar assim, o lixo pode vir a inviabilizar a sociedade humana, pelo menos tal como a conhecemos”, adverte Waldman.
Aos que possam considerar as suas previsões apocalípticas, o pesquisador rebate com números. De acordo com ele, o Brasil, um dos países que mais sofrem com a problemática, é um grande gerador de lixo. Embora sua população seja equivalente a 3,06% do total mundial e seu Produto Interno Bruto (PIB) corresponda a 3,5% da riqueza global, os brasileiros descartam 5,5% dos resíduos planetários. “Quer outros dados? Pois bem, entre 1991 e 2000 a população brasileira cresceu 15,6%. No mesmo período, o país ampliou seus descartes em 49%. Em 2009, o incremento demográfico foi da ordem de 1%. Entretanto, a geração de rejeitos aumentou 6%. Trata-se de uma expansão perversa”, afirma.

No caso brasileiro, insiste Waldman, nada tem sido feito para equacionar a questão. “Infelizmente, não temos políticas públicas para essa área. Os únicos que têm trabalhado verdadeiramente em favor da sociedade são os catadores de lixo, que em vez de serem parabenizados, são discriminados e maltratados tanto pelas elites quanto pelo poder público. Para se ter uma ideia, dos resíduos secos gerados no país, 13% são recuperados. Destes, 98% são coletados pelos catadores e apenas 2% pelos programas de Coleta Seletiva de Lixo (CSL). Em 2010, pasme, dos 5.565 municípios brasileiros, somente 142, ou 2,5% do total, mantinham algum tipo de parceria com esses trabalhadores. Eles são os grandes heróis nacionais do meio ambiente”, considera o geógrafo e sociólogo, que foi colaborador do sindicalista e ativista ambiental Chico Mendes.
Mas, se o problema do lixo é tão grave, por que as autoridades públicas não se preocupam em resolvê-lo? Na opinião de Waldman, o descompromisso ocorre porque, culturalmente, os resíduos sempre são considerados um problema do outro. “A única política adotada no país, se é que podemos classificá-la assim, é a da estética. Ou seja, o interesse primordial das autoridades é tirar os rejeitos da visão das pessoas e levá-los para um lixão ou, quando muito, para um aterro sanitário. A forma como esse lixo será tratado ou monitorado é outra questão”.
Questões
Questionado sobre o que deve ser feito para que não ocorra o triunfo do lixo sobre a humanidade, ele aponta três soluções:
1.    Consumo mais consciente. Para se ter uma idéia, cada brasileiro gera 3,5 quilos de lixo por ano, provenientes apenas de equipamentos eletroeletrônicos.
2.    Mudança na postura da indústria, que trabalha com o conceito da obsolescência precoce.  “Não vale a pena trocar o celular X pelo Y apenas porque a versão mais recente do aparelho tem uma luz que pisca durante a ligação…”.
3.    Políticas públicas sérias e consequentes. Deixar de dar aos resíduos tratamento e destinação adequados não representa apenas um desrespeito ao meio ambiente e à qualidade de vida das pessoas, mas também desperdício de dinheiro e oportunidades.
No entender do especialista, o Brasil poderia ampliar significativamente o índice de reciclagem do lixo, tanto o seco quanto o orgânico, aumentando a taxa de reaproveitamento dos resíduos no país 52% ou 59%. Além de menor agressão à natureza, isso representaria a geração de renda e trabalho. Um levantamento do Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada aponta que, na linha do tempo, nós já desperdiçamos US$ 8 bilhões por não reaproveitarmos o lixo. É um dinheiro que poderia ter sido aplicado na saúde, na educação e em programas de inclusão social”, imagina Waldman.
Então, CONTINUE FAZENDO A SUA PARTE!A reportagem é de Manuel Alves Filho publicada pelo jornal da Unicamp, 31 de outubro a 6 de novembro de 2011.


terça-feira, 22 de março de 2011

Planeta Água!






Reserva Ecológica de Bonito - PE
DIA MUNDIAL DA ÁGUA: Reflexões sobre a situação atual


*Por Ana Paula Chagas
(publicada em 23/03/2010)



No dia 22 de março comemoramos o Dia Mundial da Água, uma comemoração que teve início em 1993, por sugestão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU.

No Dia Mundial da Água em 2009, a ONU divulgou a “Declaração Universal dos Direitos da Água”, um documento contendo uma série de medidas e sugestões com o objetivo de despertar a consciência ecológica da população e do poder público para a questão da água.

Em 2010, a questão se torna a qualidade desse recurso finito, através de comunicado divulgado pela ONU.

Aproximadamente 70% da superfície terrestre é coberta por água, o que tem levado o homem a ter uma falsa sensação de abundância desse recurso, acreditando-se que ela seja inesgotável. Contudo, do total de água disponível, apenas 0,6% podem ser utilizados pelo homem para seu consumo. Entretanto, 70% desses 0,6% são utilizados na agricultura, 22% na indústria e apenas 8% nas cidades, para consumo humano.

Esse tipo de visão, aliado ao desperdício e à falta de uma política de gestão efetiva, tem levado a sérios problemas de escassez. Ano passado foi noticiado nos veículos de comunicação que a reserva de água no norte da Índia está se esgotando, devido ao aumento populacional e uso intensivo da água na irrigação agrícola, o que está levando a uma redução do nível do aqüífero subterrâneo.
Uma das maiores provas das conseqüências que o uso irracional da água aliado a uma política de gestão equivocada pode ocasionar é o desastre ocorrido com o Mar de Aral.

O Mar de Aral, que na verdade era um lago de água doce situado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, já foi considerado como o 4º maior lago do mundo, com uma área equivalente aos estados do Rio de Janeiro e Alagoas juntos.

Antes da década de 60, possuía 68.000 Km² de extensão, e hoje já perdeu mais de 90% de sua superfície, e acredita-se que ele vá desaparecer em 2010.

Na década de 40, o governo soviético construiu canais de irrigação que captavam as águas dos dois afluentes principais do Mar de Aral: Amu Daria e Syr Daria. Entretanto, o volume de captação superava em muita a capacidade de vazão desses dois afluentes. Como conseqüência da redução do volume de água que o lago recebia, a sua salinidade quase quintuplicou, matando flora e fauna, levando à falência a indústria pesqueira existente na região.

O vento existente na região carregou não só o sal depositado sobre a terra onde o lago se evaporou, mas também os agrotóxicos e fertilizantes utilizados nas plantações de algodão desenvolvidas na região, o que levou a população da região não só a sofrer com a falta de água doce, mas também a um aumento epidêmico nos casos de câncer.

Além dos agrotóxicos, 45 barragens de usinas hidrelétricas também cobraram o seu preço. A floresta que cercava suas margens praticamente acabou, e cerca de 80% das espécies de animais desapareceu.

Essa é uma das maiores catástrofes ambientais da humanidade, e nos traz uma grande lição que deve ser aprendida.

O preço a ser pago por uma política de gestão equivocada pode ser tão alto quanto a completa ausência de uma política de gestão.

Hoje, mais de 17 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável, apesar do Brasil concentrar em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios. Boa parte da água no Brasil, principalmente nas áreas densamente povoadas, sofrem com os processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados mas pouco estruturados.

A cidade de São Paulo, por exemplo, embora nascida na confluência de vários rios, tem que captar água em bacias distantes, uma vez a poluição tornou imprestável para consumo as fontes próximas.

De acordo com o Programa das Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), “a quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras”.

Em um relatório intitulado “Água Doente”, o PNUMA afirma que a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de cinco anos de idade anualmente.

A Política Nacional de Recurso Hídricos foi instituída em 1997, através da Lei Federal nº 9.433. Essa lei inovou ao adotar o conceito de bacia hidrográfica como unidade de gestão dos recursos hídricos, ao valorizar os múltiplos usos da água e ao reconhecer a água enquanto bem econômico, baseando-se na experiência internacional sobre o tema.

Um de seus principais instrumentos é a instituição da cobrança pelo uso da água, efetivando-se, assim, o princípio do usuário-pagador, e já implantada por algumas bacias hidrográficas.

A cobrança pelo uso da água é uma ferramenta imprescindível na reversão do quadro apresentado. Ao se reconhecer a água como um bem econômico, incentiva-se o seu uso racional, obtendo-se recursos para financiamento de projetos de recuperação de mananciais, educação ambiental e obras que quantifiquem e qualifiquem as águas para toda a população.

Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido... e a água não é um bem estático. É um recurso natural que não conhece as fronteiras dos estados, e se não houver também uma mobilização mundial, com integração de políticas, será difícil a reversão desse quadro funesto apresentado, imergindo-se guerras sobre o controle, distribuição e comercialização do diamante azul do século XXI.

* Gerente do Departamento de Direito Ambiental do escritório Décio Freire & Associados. Mestre em Direito Ambiental pela Université Paris 1 – Panthéon-Sorbonne. Vice-Presidente do Comitê Aberto de Meio Ambiente da Câmara Americana de Comércio – AMCHAM de Belo Horizonte.


http://www.direitocidadao.com.br/ver_noticia.php?codigo=2228

Dia Mundial da Água

Dia Mundial da Água é comemorado e sediado na UFRPE



A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) promovem evento comemorativo ao Dia Mundial da Água, nesta terça-feira, 22 de março.
Contemplado com palestra e debate, o evento conta com a participação de autoridades da área de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA); Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC); Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco (SRHE-PE) e Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
O encontro, com acesso gratuito, será realizado no Centro de Ensino de Graduação desta Universidade (Cegoe), no campus universitário, em Dois Irmãos, no horário das 18h30 às 21h.
Intitulada: “Água para as Cidades: A importância da gestão da informação dos recursos hídricos”, a palestra será ministrada pelos pesquisadores Joaquim Gondim (ANA); Frederico Peixinho (CPRM) e Suzana Montenegro (APAC). Já o debate será conduzido por Ênio França, diretor regional da ABRH e docente do Departamento de Tecnologia  Rural da UFRPE e Almir Cirilo, da SRHE-PE.
A coordenação do evento fornecerá coquetel ao público presente.
 Mais informações: (81) 3320.6279.

http://www.ufrpe.br/noticia_ver.php?idConteudo=9001

terça-feira, 8 de março de 2011

Postagem inicial...






Reserva Ecológica de Bonito - PE


Neste blog pretendo tratar de questões referentes aos cuidados com o nosso planeta! Tudo o que diz respeito à manutenção da Terra e dos espaços em que vivemos, bem como às chamadas 'atitudes sustentáveis'.